que ela faz como se todas fossem umas âncoras pesadas que você não tá disposto a carregar e vê o mundo dela com flores, amores e espinhos distribuídos por aí. Aprende a caminhar com ela, você vai se cortar, se arranhar, arrancar as pétalas delas, arrancar uns cabelos, bater a porta do carro, mas não esquece de como você chegou aí e para a mala dela antes de partir.
Se ela chora e você não sabe como consolar porque nem é tão bom assim nas palavras, ou se ela se enrola num edredom e diz que quer ficar sozinha e você se sente mal mesmo não tendo nada a ver com isso, mesmo sabendo dos problemas dela sem saber muito bem como ajudar, mesmo querendo ter super poderes pra deixar as coisas mais risíveis e menos amargas, repara.
Se ela aceitar as cenas e for imprevisível como você acha que ela é, se reagir com um sopro ou soco, com ferocidade ou doçura cafuné, beijo na testa e juras de quem não puxa nunca mais o cobertor, se cala.
Troca as ruas pela sala e pela pipoca e se veste com pijamas pra brincar com o cabelo dela. Se ela te disser que ama e que falha, que bem vai com a tua cara, pode soltar esse sorriso frouxo e dizer pra ela tudo o que você guarda. Balbucia, soletra, escreve, brada, não importa bem o jeito, importa mesmo é que você fale. E conte pra ela, em forma de prosa ou poesia, o que ela significa pra ti."
- (Daniel Bovolento - Diz o que ela significa pra ti)
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